Proposta que previa fiscalizações nos rios Piracicaba e Corumbataí foi rejeitada por 15 votos contrários e dois favoráveis durante sessão no Legislativo nesta quinta-feira (28).

O plenário da Câmara rejeitou, por 15 votos a 2, o projeto de lei 232/2024, que previa convênio entre o município e Marinha do Brasil para a fiscalização dos rios Piracicaba e Corumbataí. Apresentada pelo Executivo, a propositura integrou a Pauta da Ordem do Dia da 73ª Reunião Ordinária, realizada nesta quinta-feira (28).

O convênio visava a fiscalização do tráfego de embarcações e equipamentos náuticos em toda a extensão dos rios, além de demais córregos, lagos, lagoas e ribeirões que passam pela cidade.

O projeto recebeu duas emendas, do vereador Laércio Trevisan Jr. (PL), além de cinco subemendas da CLJR (Comissão de Legislação, Justiça e Redação), que não chegaram a ser apreciadas em função da rejeição do texto original.

Na justificativa de votos, Paulo Campos (Podemos) disse que a eventual implantação da lei beneficiaria a “indústria da multa” e que o projeto implicaria em quem possui embarcações de pequeno porte.

Josef Borges (PP), que votou a favor do texto, disse que faltou um diálogo mais aprofundado. “O novo Executivo que está chegando pode trazer um novo projeto. É um tema fundamental, de vital importância para a sociedade”, declarou.

Para Cássio Luiz Barbosa (PL), o Cássio Fala Pira, o projeto é para onerar a sociedade: “Mataram milhões de peixe: silêncio total, não tem Cetesb, não tem MP (Ministério Público). O que precisa ser fiscalizado, não foi fiscalizado”, definiu.

A vereadora Silvia Morales (PV), do mandato coletivo A cidade é sua, acredita que o Executivo não deveria ter enviado o projeto com urgência para a Câmara. “No mínimo discussão e tempo maior para analisar”, classificou, ao mencionar que conversou com pescadores e rancheiros e que o projeto iria afetar os pequenos. 

Embora tenha definido o projeto como “interessante”, Rai de Almeida (PT) criticou a tramitação “a toque de caixa”. “Da forma como veio, é difícil”, declarou, ao mencionar que leu os termos do convênio encontrou muitas questões a serem discutidas.

Texto: Câmara de Piracicaba

Publicação: Enzo Oliveira | MTV

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