A TV Metropolitana de Piracicaba recebeu um apelo do presidente da Associação Piracicabana de Ostomizados, Sr. Ademir Barbosa, que apresentou para a reportagem um e-mail da Secretaria Municipal de Saúde. O comunicado, enviado no mês passado, solicitava que a associação desocupasse um imóvel alugado pela prefeitura, sob pena de a entidade ser responsabilizada por encargos financeiros caso não deixasse o local dentro do prazo estipulado.

Segundo o Sr. Ademir, o espaço era vital para a A.P.O., pois é onde eram armazenadas as bolsas e insumos essenciais para os pacientes que usam esses dispositivos. Além disso, a associação realizava palestras para novos usuários, recomendados por hospitais públicos e privados. Atualmente, a A.P.O. atende cerca de 400 pessoas que são ostomizadas ou incontinentes, fornecendo bolsas coletoras de fezes e urina.

A colostomia, uma condição para a qual as bolsas são indicadas, pode ser temporária ou permanente, e o dispositivo é fixado à parede abdominal com uma placa adesiva. É utilizado em diversas situações, incluindo Doença de Crohn, diverticulite, lesões no cólon, obstrução intestinal e câncer colorretal. Diante dessa situação, Sr. Ademir expressa preocupação, pois a falta de um local para entregar os insumos comprometeria a funcionalidade da associação.

O presidente da A.P.O. aguarda uma resposta da atual secretaria de saúde de Piracicaba e já fez um apelo ao prefeito eleito, Helinho Zanatta, para que intervenha e evite essa crise que afeta diretamente aqueles que dependem das bolsas e dos insumos. Ele destacou que, além das bolsas e insumos, a associação conta com enfermeiras das empresas fornecedoras para oferecer palestras educativas e atendimento domiciliar a alguns pacientes.

A preocupação é de que esse projeto, único na cidade, possa ser extinto já no primeiro bimestre de 2025. A TV Metropolitana buscou contato com a Prefeitura de Piracicaba e a Secretaria Municipal de Saúde, mas até o momento não houve retorno. O espaço permanece aberto para comentários sobre a situação.

O e-mail enviado ao Sr. Ademir no dia 18 de novembro de 2024, declarando que, em função do contrato de locação entre a Prefeitura e o proprietário do imóvel, a associação deveria desocupar o local até o dia 25 de novembro de 2024, para reforma e encerramento do contrato. O comunicado também ressaltou que, caso a solicitação não fosse atendida, a associação seria responsável por encargos financeiros e poderia enfrentar ações de ressarcimento ao município por danos materiais.

Texto: Da redação

Publicação: Enzo Oliveira | MTV