Foto: CCS | Prefeitura de Piracicaba
Noventa e cinco mil alevinos
de pacu-guaçu juvenis foram soltos na manhã de sexta-feira, 04/10, no rio Piracicaba,
em área do condomínio Tamanduá, em Santa Maria da Serra. Inicialmente, seriam
soltos 60 mil peixes, mas o número aumentou devido a espécie alcançar o tamanho
mínimo previsto, de 10 cm, para repovoamento. A ação da AES Brasil contou com a
parceria da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e
Meio Ambiente (Simap).
O local é um dos pontos
autorizados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente para a ação e apresenta
boas condições ambientais para a sobrevivência dos alevinos para contribuir com
o repovoamento do Piracicaba. O pacu-guaçu é um peixe nativo da bacia do rio
Piracicaba e pode chegar a 20 quilos.
Silvio Alves dos Santos,
biólogo da AES, explicou que os peixes vão recompor parte do que foi perdido
com o desastre ambiental que atingiu o rio Piracicaba e a região do Tanquã, em
julho deste ano, causando a morte de toneladas de peixes após descarte de
resíduos de cana-de-açúcar pela Usina São José, de Rio das Pedras. “É um
trabalho a longo prazo, mas estamos iniciando para chegar até o final do
período da Piracema com a soltura de um total de 325 mil alevinos, em vários
pontos, para que os peixes possam se abrigar e se alimentar corretamente e,
posteriormente, se reproduzirem, mantendo assim, o equilíbrio ambiental”.
A AES Brasil conta com
programa de sustentabilidade onde mantém o manejo pesqueiro que envolve o
estudo do ambiente aquático, da qualidade da água e das espécies que habitam os
reservatórios, além de repovoamentos e reflorestamento nas margens. Nos últimos
10 anos, foram soltos cerca de 3,8 milhões de alevinos, entre as espécies de
pacu-guaçu, curimbatá, piapara, dourado e piracanjuba.
Alessandra Freire dos Reis,
diretora de Turismo da Semdettur, participou da soltura e falou sobre a
importância do rio, como um símbolo de turismo para Piracicaba. “O repovoamento
trará vida ao rio, gerando um impacto importante para o turismo da cidade”.
Os irmãos Leonardo e Gabriel
Carlet Delázaro auxiliaram na soltura dos peixes. Sua mãe, Maria Amália, contou
que sempre os leva para esportes aquáticos na represa, fazendo questão de
explicar sobre o respeito e cuidado com a natureza e as espécies que a circundam.
“Vi neste momento uma oportunidade para mostrar a eles a importância e a beleza
do repovoamento”.
A próxima soltura está
prevista para acontecer na região do Tanquã, por se tratar de um local com
grande diversidade de plantas aquáticas que servem de esconderijo para as
espécies, contra seus predadores.
A soltura de alevinos tem,
ainda, como parceiros o Instituto Beira Rio, SOS Rio Piracicaba, Remo
Piracicaba, Escoteiros São Mário, Ascapi (Associação de Canoagem de
Piracicaba), Pira no Ploogin, Aperp (Associação dos Pescadores Esportivos do
Rio Piracicaba), Na Pegada Ambiental, Cecília Hadadd, Unipira, Ama Nova
Piracicaba e Prefeitura de Santa Maria da Serra.
RESPONSABILIDADE - A
Prefeitura de Piracicaba, por meio de suas secretarias e do Semae, agiu rápido
quando tomou conhecimento da mortandade dos peixes, em 07/07, acionando a
Cetesb, que identificou os culpados.
Com a morte de toneladas de
peixes, que ficaram parados nas margens do Piracicaba e nas ilhas de vegetação
do Tanquã, a Prefeitura deu início a uma operação emergencial para retirada
desses peixes, o que evitou um desastre ainda maior.
A Prefeitura realizou a
limpeza das margens e criou, por meio de decreto, o Grupo de Patrulhamento
Aquático da Guarda Civil Metropolitana (GCM) com o objetivo de fiscalizar e
exercer vigilância em toda a extensão do rio Piracicaba e rio Corumbataí e demais
afluentes dos mananciais, além das medidas de repovoamento, fundamentais para
manter o equilíbrio da biodiversidade local.
Texto: CCS | Prefeitura de Piracicaba
Publicação: Enzo Oliveira | MTV