Na manhã de Natal, 25/12, a Polícia Militar, através do 10° BPM/I, foi acionada pelo COPOM para atender uma ocorrência de morte suspeita no Pronto-Socorro Vila Cristina. Ao chegarem ao local, os policiais foram informados por profissionais de saúde que uma criança de apenas um mês de vida havia sido trazida pelos pais já sem vida, apresentando hematomas por todo o corpo, incluindo marcas nas mãos, braços e pescoço, além de traumatismo craniano e fraturas nas costelas. As lesões aparentes indicavam que o óbito ocorrera cerca de 4 a 5 horas antes da chegada ao hospital.

Os policiais iniciaram a investigação entrevistando os pais da criança. De acordo com a versão apresentada, eles teriam dormido e, ao acordarem, encontraram a filha sem vida, sem conseguir explicar os hematomas. A equipe notou a ausência de reações emocionais adequadas à situação, como tristeza ou choro.

Durante a consulta no COPOM, foi descoberto que o pai, identificado como W.D.P., havia sido beneficiado com uma “saidinha” de Natal. A equipe insistiu nas entrevistas, percebendo contradições nas versões dos pais. Em uma conversa mais aprofundada com a mãe, F. de J. dos S., ela acabou confessando que W.D.P. a havia agredido durante as comemorações de Natal motivado por ciúmes. Ela relatou que, por volta das 4 da manhã, o pai pegou a criança, saiu da casa e a lançou ao chão várias vezes, além de ter desferido tapas na bebê. Quando a mãe despertou, por volta das 8:30, a criança estava sem vida e sem sinais de resposta, ela levou a filha ao pronto-socorro.

Dada a suspeita de homicídio, os pais foram levados ao Plantão Policial para prestar mais esclarecimentos. A perícia foi acionada para investigar a residência da família, e o Delegado de Plantão, Doutor Rubem Dias Barbosa, decidiu transferir o caso para a Delegada titular do DEIC, Doutora Juliana Ricci, devido à gravidade da situação.

Após análise dos fatos, a Delegada ratificou a voz de prisão dos envolvidos, mantendo W.D.P. e F. de J. dos S. sob custódia, em decorrência do que se trata, indiscutivelmente, de um homicídio. O caso segue em investigação.

Publicado por Danilo Telles | Jornalista da MTV

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