Na
edição de quinta-feira (26), o jornal Estado de S. Paulo publicou uma matéria
intitulada “Parente de Tarcísio e apadrinhados de Bolsonaro recebem jetons de São
Paulo”. O texto foi assinado pelos jornalistas Bianca Gomes, de São Paulo, e
Guilherme Caetano, de Brasília. A reportagem menciona diversas personalidades
que recebem gratificações do Governo do Estado, incluindo o vereador reeleito
em Piracicaba, Laércio Trevisan Junior (PL).
O
governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), cuja gestão tem
sido marcada por cortes de gastos e privatizações, desembolsa mensalmente R$
2,3 milhões em remunerações extras para integrantes de conselhos e comitês de
fundações, autarquias e empresas estatais. Entres os beneficiados estão o
cunhado do governador, egressos do governo de Jair Bolsonaro (PL), secretários
da atual gestão, apadrinhados políticos e militares.
Os
dados foram obtidos em outubro pelo jornal “Estadão” via Lei de Acesso à
Informação. Esses pagamentos são conhecidos como “jetons” e não são
considerados salários, segundo orientações do Tribunal de Contas do Estado de
São Paulo (TCESP) e do Supremo Tribunal Federal (STF). Portanto, a prática não
é considerada ilegal.
Cerca
de 90% dos jetons é destinado a conselhos e comitês de empresas estatais.
A
lista dos que recebem jetom no governo Tarcísio de Freitas inclui políticos,
como o vereador reeleito de Piracicaba, Laércio Trevisan Junior (PL). Condenado
em 2022 por porte ilegal de arma de fogo, ele ocupa uma vaga no conselho de
administração da SPPREV e, este ano, participou de uma agenda do então
candidato a prefeito Helinho Zanatta (PSD), que era deputado estadual, ao lado
do governador.
Em
nota, o Trevisan disse que foi indicado para o posto pela Federação dos
Sindicatos dos Servidores do Estado de São Paulo e representa servidores de
três universidades: USP, Unicamp e Unesp. “Possuo todas as exigências para ser
indicado como representante de classe: ser presidente de entidade, ter mais de
20 anos no serviço público, ter pós-graduação e curso de capacitação na área da
previdência”, afirmou acrescentando que houve extinção da punibilidade no caso
do porte ilegal de arma após pagamento de multa.
O cargo de membro de comitês de auditorias é o mais visado, pois confere a remuneração de R$ 16.454,48. Conselheiros de administração recebem R$ 9.872,69 e integrantes de conselhos fiscais recebem R$ 6.581,79. Membros de comitês de elegibilidade e de orientação não são remunerados.
Com Informações do Estadão